sábado, 17 de setembro de 2011

Seriais Killers do BRASIL

FRANCISCO DAS CHAGAS BRITO - CONDENADO NOVAMENTE


O mecânico de bicicletas Francisco das Chagas Rodrigues de Brito, de 45 anos, foi condenado, em julgamento encerrado dia 27/08/09, a 36 anos e 6 meses de prisão. Francisco era acusado dos homicídios de duas crianças na cidade de São José do Ribamar, cidade na região metropolitana de São Luís (MA). Também foi condenado por ocultação de cadáver e vilipêndio (isto é, atitude desrespeitosa com os corpos).

Estes crimes ocorreram no ano 2000. Duas crianças, de 10 e 11 anos, foram mortas. Contudo, não é a primeira vez que Francisco das Chagas é julgado. Em 2006, Francisco já havia sido condenado a mais de 20 anos de prisão pelo homicídio de um adolescente de 15 anos – a pena seria maior, mas foi reduzida porque Francisco foi considerado semi-imputável, isto é, considerou-se que ele possui um transtorno mental (o transtorno de personalidade anti-social) que reduz sua capacidade de controlar seus impulsos. Neste julgamento atual, a pena também foi reduzida, pelo mesmo motivo, em um terço.

Na verdade, suspeita-se que Francisco das Chagas tenha matado mais de 40 crianças e jovens do sexo masculino, entre 1989 e 2003, o que o tornaria um dos mais agressivos serial killers brasileiros – teriam sido 30 vítimas no Maranhão (também na cidade de Paço do Lumiar) e 12 no Pará.

Sua história ficou conhecida como “o caso dos meninos emasculados do Maranhão e de Altamira (PA)”, pois o assassino mutilava os órgãos sexuais da maioria das vítimas.


Porém, este não era o único ato bárbaro de Francisco. As mortes eram por asfixia ou com uso de objetos cortantes. Antes, ele abusava sexualmente dos garotos. Depois de mortos, de alguns ele cortou a cabeça ou dedos, de outros queimou o corpo.

Segundo o promotor do caso atual, Francisco, que está preso desde 2004 (ano em que foram encontradas duas ossadas enterradas na sua casa), confessou os crimes e colaborou com as investigações, mas às vezes se divertia fazendo um “jogo” testando a capacidade dos policiais em desvendar a história.

Vítima de um serial killer
Jonatham Silva Vieira é o nome de um jovem de 15 anos que Francisco das Chagas Brito matou em 2003, no Maranhão. Jonatham foi o primeiro dos homicídios de Francisco a ser levado a julgamento, em 2006.

Do garoto só se encontrou a ossada, sendo impossível determinar se ele havia sido emasculado.

Neste julgamento, Francisco chorou ao ser interrogado pelo juiz, contando que, na infância, além de ter sido espancado pela avó “até sangrar”, também foi violentado por um adulto, de nome “Carlito”. Francisco disse que, ao matar Jonatham, estava vendo no jovem o seu agressor, Carlito. Anteriormente Francisco tinha negado o crime, dizia que as mortes oram provocadas por “uma força superior”.

A irmã de Francisco, ao depor, disse que ele realmente apanhava da avó. O advogado de Francisco contou que o assassino lhe disse que sua avó mantinha, em uma parede, uma lista de atitudes que eram proibidas. Assim que Francisco atingisse oito “pontos”, era surrado.

A infância e a vida de um serial killer
A mãe de Francisco abandonou o esposo quando a criança tinha quatro anos. O pai, dois anos depois, o deixou com a avó.
Às vezes o pai aparecia com uma mulher a tiracolo, mas esta não aceitava Francisco como filho. Morando com a avó, Francisco trabalhava vendendo bolos na rua.

O assassino, já adulto, chegou a morar com uma mulher, com a qual teve duas filhas. Francisco morou no Pará, em Altamira, onde é acusado de ter matado 12 meninos. E no Maranhão, onde pesa sobre ele a acusação de 30 homicídios.

Francisco diz que, apesar de ter parentes, era solitário. Sua “diversão” era ficar sozinho, à noite, jogando pedras em gatos.

Durante várias fases dos processos, Francisco já assumiu os crimes, já os negou, já deu várias declarações confusas, contraditórias. Em uma entrevista, tentou negar que tivesse extirpado os órgãos sexuais dos garotos, assim: “Se eu tivesse feito isso, tinha dinheiro. Não moraria humildemente.” (querendo sugerir que poderia ter vendido os pênis para traficantes de órgãos…). Ou: “A pessoa, quando morre, começa a diluir, a desmanchar.”.




Modus operandi de um serial killer
As vítimas de Francisco das Chagas eram meninos entre 10 e 14 anos, geralmente. A exceção, aparentemente, é um garoto de 4 anos, parente de sua ex-mulher.

As crianças eram pobres e moravam perto de onde Francisco residia. Muitas eram vendedores ambulantes, como Francisco já havia sido.

Francisco as atraía para uma mata fechada, geralmente com algum convite como irem pegar frutas. Durante as investigações, Francisco conseguiu apontar com exatidão onde estavam vários corpos.

A negligência das investigações gerou ao Brasil e ao Maranhão um processo na OEA (Organização dos Estados Americanos). Por
intermédio da OEA, as famílias das vítimas passaram a receber uma pensão.


MANÍACO DO ARCO-ÍRIS, DO PARQUE DOS PATURIS (CARAPICUÍBA)

No dia 11 de dezembro de 2008 foi preso Jairo Francisco Franco, sargento reformado da PM de São Paulo, suspeito de ser o serial killer que foi apelidado de “Maníaco do Arco-íris”.

Em cerca de um ano (de julho de 2007 a agosto de 2008), 13 homens, supostamente gays, foram assassinados em um parque, à noite. O Parque dos Paturis, local dos crimes, fica em Carapicuíba (na metrópole paulistana, próxima de Alphaville) e durante o dia, é um local familiar; à noite, é ponto de encontro de homossexuais.


Atualmente, Jairo trabalhava como segurança de um supermercado, na cidade de Osasco (também na Grande São Paulo). A Justiça já havia decretado sua prisão temporária (por 30 dias), com base no depoimento de uma testemunha que afirma ter visto Jairo atirar cerca de 12 vezes, em agosto deste ano, contra um dos gays mortos, que ainda não foi identificado.


Depõe contra o policial também o modus operandi do criminoso, já que 12 vítimas foram mortas a tiros (e uma a pauladas) e com muita perícia, já que não foram encontrados sinais de alvejamento em árvores, no chão etc.Os tiros, quase sempre de calibre 38, eram dados geralmente na cabeça: rosto, testa, nuca… Algumas vítimas foram alvejadas no tórax. Nada foi roubado delas, aparentemente. Os mortos eram encontradas com as calças abaixadas, mas sem sinais de penetração. Não foram divulgadas fotos destas vítimas.

Foi o delegado Paulo Fernando Fortunato que, ao chegar em Carapicuíba, em agosto deste ano, percebeu a ligação entre os crimes, até então tratados como casos isolados.


No seu primeiro depoimento, Jairo negou participação nos crimes. Jairo também é suspeito da morte de outras três pessoas, em Osasco, e pelo menos uma delas, assassinada em um quarto de hotel, era homossexual.


MANÍACO DE GUARULHOS – Estrupos em série

Em Guarulhos (SP), na madrugada do dia 27 de agosto de 2008, foi preso um rapaz de 19 anos, que era procurado por ser o suspeito de ter violentado duas mulheres. Mas, nessa noite, ele acabou confessando muito mais: disse ter atacado mais de 50 mulheres e matado duas destas. Segundo a delegada Beatriz Amélia Relva, da Delegacia da Mulher, o jovem, de nome Leandro Basílio Rodrigues, demonstrava frieza, sem menção de arrependimento. Contudo, suas palavras ainda não eram muito confiáveis: segundo a delegada, o jovem é usuário de crack e parecia estar drogado ao ser preso, pois suas respostas eram confusas, contraditórias.
Nos dias seguintes, descobriu-se que ele não mentira muito.
Os números eram incertos, mas realmente Leandro não apenas havia estuprado várias mulheres, como realmente é um assassino em série (ou, popularmente, um “psicopata”). Mais um serial killer brasileiro, o “Maníaco de Guarulhos”.


A compulsão por matar do assassino em série
O caso passou a ser acompanhado pelo Setor de Homicídios de Guarulhos, e o delegado responsável, Jackson César Batista, conversou com Leandro. Disse que o jovem não conseguia explicar porque cometia os crimes. “Matar já é um vício.”, afirmou para o delegado.
As vítimas era levadas a locais ermos, para os quais Leandro as atraía oferecendo drogas.
Fingindo estar com uma arma embaixo da camisa, Leandro as ameaçava e as violentava. Algumas destas mulheres estrupadas, ele assassinou, por estrangulamento. Após o homicídio, as despia completamente e ficava observando o cadáver.
Há ao menos 5 mortes que podem ser imputadas a Leandro Basílio, de mulheres na faixa dos 20 aos 30 anos, sendo que uma destas estava grávida. A primeira pode ter sido sua própria “esposa”, quando ele tinha ainda 17 anos e morava em Minas Gerais – ele afirma que fez isto porque ela o traiu. Após matá-la, colocou fogo em seu corpo – disse aos vizinhos que estava queimando lixo, e depois foi para seu trabalho, tranqüilamente. A avó descobriu, e ele a ameaçou também. Para a polícia, há outros casos que podem ser de autoria do Maníaco de Guarulhos. A investigação continuará.

Nos seus contraditórios depoimentos, Leandro posteriormente tentou negar os estupros, dizendo ser impotente por causa das drogas, mas os exames comprovaram que as vítimas foram sim estrupadas. E após a divulgação de sua prisão, mais vítimas de violência sexual apareceram para acusar Leandro.



Dois destes homicídios cometidos pelo “psicopata” ocorreram com apenas 24 horas de intervalo, sendo que o último deles foi poucas horas antes de ser preso, o que evidencia o fenômeno conhecido como “escalada”, comumente observado entre serial killers: os crimes vão crescendo, tornando-se mais agressivos e freqüentes. Ainda menor, Leandro foi detido na FEBEM de Belo Horizonte, por roubo. De lá fugiu e passou por outros estados. Em um dos depoimentos, afirmou ter feito vítimas por onde passou, incluindo-se o estado do Rio de Janeiro.

Maníacos de Guarulhos
Não é a primeira vez que a cidade paulista se depara com um caso assim. No ano de 2002, outro “psicopata” fez várias vítimas na cidade.


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JACK KEVORKIAN

"O Doutor Morte"

Uma distinção fundamental na análise de casos de médicos e enfermeiros assassinos é o motivo que leva o “profissional” a cometer seus atos. O motivo pode ser parcialmente descoberto pelo tipo de vítimas. Há aqueles que matam apenas doentes terminais, já condenados a morrer, vítimas de câncer, AIDS etc. Estes geralmente alegam que agiram por motivos humanitários, para abreviar o sofrimento dos pacientes. Isto é, estariam praticando a eutanásia.


“Eutanásia” é uma palavra formada de radicais gregos que significa “boa morte”.

Alguns países já legalizaram a eutanásia, mas é fato incontestável que, onde é ilegal, é praticada à margem da lei. O que devemos diferenciar, neste nosso estudo, são duas posições básicas que podem assumir quem a pratica.

Uma coisa é um médico ceder aos apelos de um paciente para acabar com seu sofrimento, suas dores. Ou aos clamores da família, com gastos enormes para manter apenas respirando alguém já em morte cerebral há vários meses.

Outra coisa é o médico decidir por conta própria matar os pacientes terminais, sem consultá-los ou às famílias, muitas vezes indo contra os desejos destes. Este médico ou enfermeira está atendendo aos seus desejos e, mesmo que alegue que não queria ver tal paciente sofrer, indiscutivelmente está passando sobre um direito do paciente que, afinal, mesmo sofrendo, pode preferir continuar vivo.

A história de Jack Kevorkian, o “Doutor Morte”
O mais famoso defensor e praticante da eutanásia, que foi apelidado de “Doutor Morte”, o americano Jack Kevorkian, nasceu em 1928 e ainda vive.

Seu caso está numa posição entre as duas situações básicas. Ele não sai matando quem não pediu para morrer, mas também não é um médico que praticou a eutanásia eventualmente, em apenas um ou outro caso específico, atendendo ao pedido de um ou outro paciente. Ao defender abertamente a eutanásia, passou a ser procurado por vários pacientes e familiares que desejavam o fim indolor da vida.


Jack Kevorkian inventou a Tanatron, isto é, a “Máquina da Morte”, também chamada de “Máquina do Suicídio”, e ajudou cerca de 130 pessoas a morrer.

A palavra “suicídio” cai bem em muitos casos: quando o paciente está consciente e decide que quer morrer. Porém, alguns não conseguem se matar por insuficiência de meios (exemplo: totalmente paralisado em cima de uma maca). Outros, entretanto, teriam forças e meios suficientes para se matar (com uma faca, um revólver, pulando de um prédio etc.), mas querem um processo indolor (mesmo sendo os últimos segundos de vida, não querem sofrer). Ou querem um processo “limpo”: seus familiares ficariam menos chocados com um cadáver intacto no caixão do que com um totalmente fragmentado pela queda do 10o andar.

Estes poderiam tentar a morte por overdose de sedativos, mas o fato é que a muitos falta a coragem para se matar, embora tenham a de deixar que outro o faça. Alguns pacientes, paradoxalmente, alegam motivos religiosos para a eutanásia. Suicidar-se é um pecado. Mas pedir para alguém matar-lhes não seria. Contraditório, mas isto é o ser humano.

Jack Kevorkian tinha um certo fascínio pela morte desde que era médico residente, pois fotografava os olhos de pacientes mortos. Foi aí, precocemente, que ganhou o apelido de “Dr. Morte”, que carregaria pelo resto da sua longa vida. .

Nos anos 60, uma proposta de Kevorkian começou a jogar-lhe no centro de polêmicas. Ele defendeu que condenados à morte fossem anestesiados e submetidos a várias experiências: retirada de órgãos, exame do cérebro etc. As idéias de Kevorkian neste assunto se aproximam muito das práticas nazistas, especialmente as do Dr. Josef Mengele.

Em 1980, Jack Kevorkian praticou sua primeira eutanásia, e logo foi indiciado. Ao longo dos anos 80, defendeu publicamente o procedimento e, em em 88, inventou a máquina que administrava medicamentos letais nos pacientes, quando estes apertavam um botão – ou seja, eles é que se matavam, embora com totais apoio e ajuda de Kevorkian. Em 1990 foi inocentado daquela primeira acusação.

Entretanto, a licença médica de Kevorkian foi cassada em 1991, e então ele não teria mais acesso a medicamentos. Mas ele não desistiu de sua cruzada letal: passou a utilizar monóxido de carbono.

Um caso em específico lançou dúvidas sobre as reais motivações de Kevorkian: Rebecca Lou Badger, de 39 anos, foi assistida em sua morte por Jack Kevorkian, que afirmou que a mulher tinha esclerose múltipla. Entretanto, na necrópsia, não foi encontrado qualquer sinal da doença.

Ou seja, Kevorkian poderia estar ajudando não apenas doentes terminais, mas qualquer pessoa que quisesse se matar (alguém com depressão, por exemplo – situação passível de tratamento, com reversão do desejo de morrer). De fato, descobriu-se depois, muitos do que o “Doutor Morte” ajudou a morrer estavam longe de um estágio terminal, e muitos seriam apenas depressivos.

É claramente uma situação diferente da eutanásia de um doente terminal.

O Código Penal brasileiro, no seu artigo 122, prevê o crime de “induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça”. Pena: reclusão, de dois a seis anos. Se o crime é praticado por motivo egoístico, a pena é duplicada.

Leis semelhantes só surgiram em Michigan (onde Kevorkian atuava) na década de 90, mas ele acabou sendo inocentado em algumas acusações.

Uma delas é uma história macabra, segundo um relatório feito pelo próprio Kevorkian. Em 1993, Hugh Gale, de 70 anos, teria sua morte por monóxido de carbono porém, algum tempo após começar a inalar o gás, ficou agitado e pediu que o procedimento fosse interrompido. A máscara de monóxido foi substituída por uma de oxigênio. Pouco tempo depois, o paciente abriu novamente a máscara de monóxido, mas, novamente, pediu que o procedimento fosse interrompido. Mas, logo após ter pedido, ficou inconsciente e Kevorkian continuou o procedimento. A defesa alegou que este relatório de Kevorkian era apenas um rascunho errôneo do que tinha realmente acontecido e o caso não foi adiante.

Entretanto, um caso muito polêmico trouxe-lhe uma acusação diferente: homicídio. Um paciente, Thomas Youk, que tinha a síndrome de Lou Gehrig (a mesma que acomete o físico Sthephen Hawking) foi submetido à morte na máquina de Kevorkian. Entretanto, foi o próprio “Doutor Morte” que acionou o dispositivo suicida. Além disto, filmou o procedimento e exibiu a gravação em um programa de TV, em 1998. Youk tinha claramente condições de acionar a máquina, pois, no vídeo, aparece inclusive assinando um documento em que diz desejar sua morte.


No julgamento, Jack Kevorkian dispensou advogados. “Morrer não é um crime”, ele afirmara. Foi condenado a 25 anos de prisão mas, por ter idade avançada, teria direito de tentar a condicional após alguns anos. Foi solto há pouco tempo, com o compromisso de não ajudar mais ninguém a morrer, mas passou a dar palestras pagas e voltou a aparecer em programas televisivos, defendendo que os mais jovens têm de conhecer suas posições.

SERIAIS KILLERS

CARL PANZRAM


Praticando crimes desde a infância, este serial killer passou boa parte de sua vida preso. Nas detenções, apanhou e foi abusado sexualmente. Ele usou isto para explicar o ódio que sentia dos humanos. Abusou de inúmeros homens e matou 22. No seu julgamento, não quis defender-se e foi condenado à morte, por enforcamento.


GARY RIDGWAY


Ele matou cerca de 50 mulheres. Cinquenta! Prostitutas, em geral. E levou décadas para ser pego – apenas as modernas técnicas de DNA permitiram solucionar o caso. Sua mulher se disse surpresa: era um ótimo marido! Às vezes ele até chorava, lendo a Bíblia. Ficou conhecido como “The Green River Killer”, porque desovava os corpos em um rio.

JOHN WAYNE GACY


“O Palhaço Assassino”… Gacy era socialmente bem relacionado. Casou-se, tinha uma empresa de construções, tinha amigos, e até fantasiava-se de palhaço em festas infantis. Mas o que a polícia achou enterrado no chão de sua casa não tinha graça nenhuma: quase 30 corpos de jovens, que Gacy torturou, estuprou e matou.

KARLA HOMOLKA


Karla Homolka se apaixonou em Paul Bernardo, um estuprador canadense. Ele quer a virgindade da irmã de Karla, antes de se casarem. Sedam a garota para que ele a estupre e ela acaba morrendo. Eles se casam e não param com os jogos sádicos. Raptam garotas, torturam, violentam – e filmam tudo. Ficaram conhecidos como “Barbie & Ken Killers”.

RICHARD RAMIREZ


“The Night Stalker”, Richard Ramirez era um satanista, adorador do Diabo. Suas vítimas iam desde crianças a idosos, sem distinção de sexo. O modus operandi variava: de martelo a tiros. Vestido de preto no julgamento, recebeu 19 condenações à morte. Mulheres iam só para vê-lo. Muitas achavam que era inocente.

TED BUNDY


O americano Ted Bundy é acusado de ter matado cerca de 36 mulheres entre 1974 e 1978. Suas vítimas eram brancas, de cabelo preto e liso. Bundy as agredia, forçava sexo, enfiava objetos em suas vaginas, batia, matava. Às vezes, praticava atos de necrofilia, guardava alguns crânios. Fugiu duas vezes da prisão, mas foi recapturado e condenado à morte, na cadeira elétrica.

“O ASSASSINO DO ZODÍACO”

Um dos casos de assassinos em série mais intrigantes, pois nunca foi solucionado, mesmo com as cartas que ele mandava para os jornais, com códigos e com contagem das mortes: segundo ele, foram mais de 30, mas a polícia confirma menos de uma dezena. Geralmente matava casais, com tiros.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Os Grandes assassinos em Série

MANCHESTER, GB, 19 jul (AFP) – O médico britânico Harold Shipman, condenado à prisão perpétua por 15 assassinatos, matou 215 pacientes, talvez 260, segundo as conclusões de uma investigação oficial divulgadas esta sexta-feira, em Manchester (Noroeste da Inglaterra). Esta cifra o torna um dos maiores assassinos em série da História. Seguem abaixo alguns dos casos mais conhecidos de assassinatos em série:
- Na COLôMBIA, Luis Alfredo Garavito, condenado em maio de 2000, em Bogotá, a 835 anos de prisão, é considerado culpado de 189 assassinatos.
- No EQUADOR, Pedro López Monsalve foi condenado em 1980 pelo assassinato e estupro de 60 crianças. É suspeito de 300 assassinatos.
- Na RÚSSIA, “o carniceiro de Rostov”, Andrei Chikatilo, foi declarado culpado de 52 assassinatos com motivos sexuais entre 1978 e 1990. As vítimas foram, em sua maioria, crianças e adolescentes. Ex-professor e doutor em Filosofia, foi executado em 1994.
- No PAQUISTÃO, Javed Iqbal, 38, foi condenado à morte em março de 2000, pelo assassinato de 100 crianças.
- Nos ESTADOS UNIDOS, John Wayne Gacy, “o palhaço assassino”, confessou ter estuprado e estrangulado 33 jovens entre 1972 e 1978. Vinte e nove corpos foram encontrados em sua casa. Foi executado no ano de 1994, em Illinois.
- Jeffrey Dahmer, “o carniceiro de Milwaukee”, cometeu 17 assassinatos entre 1978 e 1991, e reconheceu ter comido a carne de três vítimas. Morreu na prisão, nas mãos de outro detento, em 1994.
- Na ÁFRICA DO SUL, Moses Sithole, 32, foi condenado a 2.410 anos de prisão em 1997, por 38 assassinatos e 40 estupros.
- Na UCRÂNIA, Anatoli Onoprienko, 30, foi condenado à morte em 1§ de abril de 1998, pelo assassinato de 52 pessoas, entre elas 10 crianças, entre 1989 e 1996.
- Na ITÁLIA, Donato Bilancia, 46, confessou ter assassinado 17 pessoas entre outubro de 1997 e abril de 1998. Foi condenado em abril de 2000 a 13 penas de prisão perpétua em Gênova, no Norte da Itália.
- Na GRÃ-BRETANHA, Rosemary West foi condenada à prisão perpétua em novembro de 1995, por 10 assassinatos, e é suspeita de outros nove crimes. Na “Casa dos Horrores”, em Gloucester (Oeste), foram encontrados 10 corpos, entre eles os das filhas do casal West. O marido de Rosemary, Frederik, suicidou-se na prisão em janeiro de 1995, depois de ter confessado a autoria de 12 assassinatos.
- O britânico Dennis Nilsen foi condenado à prisão perpétua por ter matado 15 jovens em seu apartamento de Londres, entre 1978 e 1983.
- Na FRANÇA, Thierry Paulin, “o assassino de idosas”, foi preso em dezembro de 1987 e confessou ter assassinado 21 pessoas em Paris entre 1984 e 1987. Soropositivo, morreu no hospital da prisão em abril de 1989, sem ter sido julgado.
O médico Marcel Petiot foi declarado culpado de 24 assassinatos e executado em 1946. Ele esquartejava e queimava suas vítimas em um hotel parisiense.

A Ordem dos Assassinos

Durante 150 anos, entre os finais do século XI e a metade do XIII, uma terrível seita ismaelita, minúscula no universo do Islã, trouxe temor e, por vezes, pânico à região do Oriente Médio. Tratava-se da Ordem dos Assassinos, assim chamada porque os seus integrantes, antes de praticar os atentados, inalavam um estupefaciente, o Hashishiyun, ou haxixe. Os seguidores da ordem caracterizavam-se pela entregada total à missão que lhes era atribuída por seus superiores e por não demonstrarem medo nenhum perante a morte que fatalmente os aguardava após terem praticado suas ações terroristas.

No ano de 1166, na praça central da fortaleza de Alamut, no alto dos Montes Elburz, no norte do Irã, o grão-mestre dos nizarins (como a Ordem dos Assassinos chamava-se oficialmente), Hassan II, uma seita dissidente do Islã, exultava frente aos companheiros e seguidores que ocupavam todo o espaço a sua frente. Ele os convocara para um importante anúncio. Queria dizer-lhes que, enfim, aproximava-se o dia da Qiyamat al Qiyamat, a Ressurreição da Ressurreição, estando muito perto do momento em que, pondo fim àquela época, iniciada há muito tempo atrás por Adão, o Imam oculto finalmente viria liderá-los na renovação de tudo. Dali em diante, assegurou ele, não haveria mais liturgia, pois a religião tornara-se puramente espiritual, sem templos ou culto. Que se preparassem, portanto, para os novos tempos, concentrando-se todos eles dentro da fortaleza de Alamut, um lugar inexpugnável para os seus inimigos, de onde só sairiam para realizar suas operações de assassinatos seletivos.


O profeta dos assassinos

A seita, obediente aos extremos rigores do militarismo, havia sido fundada no ano de 1090, quando o missionário ismaelita Hassan Sabbah (1034-1124), encarnação de Deus na Terra, retornara do Egito para a sua Pérsia nativa (ele nascera em Qom). Envolvido nas lutas pelo poder entre a casa real egípcia e de Bagdá, ele decidira fundar uma ordem secreta para enfrentar os seus adversários. Para tanto, inspirou-se nos antigos rituais de iniciação adotados pelos gnósticos, com seu gosto pela ciência esotérica - a batanya - e pelo culto aos sinais secretos, só alcançados depois de muita disciplina e dedicação ao estudo. Em pouco tempo, verificou-se que Hassan Sabbah, o xeque das montanhas, criou uma teologia totalitária, onde um só deus (Alá), se fazia representar por um só Imam (um líder espiritual), e por um só representante (o próprio Hassan), com autoridade de vida e morte



A estrutura da ordem

Interior da fortaleza de Alamut

Consta que Hassan Sabbah, além de um rigoroso exame de admissão dos iniciados, recolhia crianças abandonadas ou as comprava de casais miseráveis para fazer delas o seu exército de fiéis. Carentes de tudo, os jovens aspirantes nizarins viam-no como um deus-pai, dedicando-se integralmente a sua vontade, jamais ousando criticar uma ordem recebida. Tratou também de cultivar uma soberba biblioteca, considerada uma das mais completas daquele tempo, não vendo nenhum contradição entre harmonizar a alta cultura islâmica com a prática de assombrosos atentados terroristas. Ele gabava-se de ter a sua disposição 70 mil homens e mulheres espalhados por boa parte do Oriente Médio, capazes de executar qualquer missão por ele ordenada, mesmo que isso lhes custasse a vida. Sim, porque seus alvos não eram gente comum, mas vizires, sultões, xeques, mulás, ulemás, cavaleiros cruzados, fosse quem fosse importante que, aos olhos do grão-mestre dos assassinos, criava impedimentos a sua política.



A mística

Hassan Sabbah apresentava-se como o Hojjat do Imam, aquele que falava e agia em lugar do Imam oculto, que assim se encontrava apenas aguardando o momento apropriado para aparecer. Havia, pois ,inerente à doutrina ismaelita, uma crença messiânica segundo a qual fatalmente se daria a Grande Revelação. O salvador, que pairava sobre a sociedade sem mostrar-se, num determinado dia deixaria o mundo das sombras. Os seus seguidores, enquanto este momento sagrado da Parusia não se dava, usariam os punhais para purificar o ambiente,afastando da paisagem as ervas daninhas e os frutos estragados que poderiam vir a ferir ou envenenar o ar do Imam revelado. Nada mais perfeito para ele do que a sua morada naquela fortaleza isolada do mundo, o Alamut, o ninho de águia, que logo seu inimigos deram a indicar como "o ninho da serpente", dado o bote traiçoeiro das operações que ele ordenava(*).

A biblioteca da ordem

(*) A fortaleza de Alamut ficava nos Montes Elburz, pertencente a uma cadeia de montanhas situadas ao Norte do Irã, na margem sul do Mar Cáspio. Área com escasso povoamento devido a aridez geral.

O método dos assassinos

Cidadela do Cairo, construída por Saladino

Apesar de andarem uniformizados na fortaleza de Alamut - trajes brancos com um cordão vermelho enlaçando-lhes a cintura (cores que os cavaleiros templários irão adotar) -, os fadavis, os devotos, quando recebiam uma missão, camuflavam-se. Preferiam misturar-se aos mendigos das cidades da Síria, da Mesopotâmia, do Egito e da Palestina para não despertarem a atenção.
Em meio à multidão urbana, eles eram "adormecidos", levando uma vida comum, sem atrair suspeitas, até que um emissário lhes trazia a ordem para "despertar" e atacar. Geralmente, eles aproximavam-se da sua vítima em número de três. Se por acaso dois punhais fracassem, haveria ainda um terceiro a completar o serviço. Atuavam, esses "anjos da destruição" do Velho da Montanha, como muitos chamavam Hassan Sabbah, em qualquer lugar - nos mercados, nas ruas estreitas, dentro dos palácios e até mesmo no silêncio das mesquitas, lugar por eles escolhido em razão das vítimas estarem ali entregues à oração e com a guarda relaxada. Até o grande sultão Saladino, seu inimigo de morte, eles chegaram a assustar, deixando um punhal com um bilhete ameaçador em cima da sua alcova.

O uso da droga

Óleo de Haxixe

Capturados, eles nada diziam. Viviam num estado alheio às coisas do mundo, numa esfera especial amparada pela Lei Divina, mostrando absoluta indiferença pelo seu destino da terra. Seguiam para o cadafalso sem pestanejar, deixando aos executores a terrível sensação de impotência perante àquele fanatismo. Este comportamento autista é que contribuía para que acreditassem que eles inalavam haxixe antes de aplicarem as sentenças de morte, advindo daí, por corruptela, a palavra assassino. Alguns historiadores ponderam que a utilização de um estupefaciente tão poderoso como o haxixe não poderia excitar a violência nem a agressividade necessária para praticar um crime a sangue frio. A droga teria pois uma outra função. Acreditam, isso sim, que ela fosse usada por Hassan Sabbah nos rituais de iniciação da ordem como uma introdução à idéia do Paraíso, para que os aspirantes tivessem, experimentando a erva que lhes era oferecida num jardim das delícias, uma primeira prova das volúpias imateriais que os aguardariam no futuro, quando da sua morte em função da causa. Foi esse o sentido que Baudelaire captou com o seu Poème du Haschisch (Paraísos artificiais, 1858-60).

Assassinos e zelotes


A fortaleza de Massada

Guardadas as devidas distâncias e motivações, há muita similitude no modus operandi dos assassinos a mando do Velho da Montanha, com as ações e atentados realizados pelos zelotes, militantes da causa judaica anti-romana. Aparecidos no século I a.C., eles reagiram à presença das águias imperiais na Palestina e na Judéia, praticando atentados seletivos, matando não só representantes da autoridade romana, mas fundamentalmente judeus que se mostravam dispostos a colaborar com eles. Os zelotes tiveram um notável papel no levante anti-romano de 66-70 e, seguramente, formavam a maioria dos fanáticos que se refugiaram na fortaleza de Massada, para lá resistirem até o fim, uns mil deles, sem se renderem às legiões do general Silva, que a ocupou no ano de 73. Por eles portarem ostensivamente suas adagas e facas em público, ameaçando meio mundo, os gregos os chamavam de Sicarii (do grego Sikarion = homem do punhal). O historiador Arnold Toynbee determinou o comportamento dos povos invadidos daquele região em dois tipos. Chamou de herodianos (do rei Herodes, um monarca judeu colaboracionista), aqueles que não só aceitam o domínio estrangeiro como abertamente colaboram com o ocupante, enquanto que os zelotes eram justamente o contrário. Seriam os que rejeitavam qualquer aproximação ou acordo com os estrangeiros invasores. Os assassinos ismaelitas não se enquadram nesta classificação porque não estavam a serviço de uma causa nacionalista, mas sim de um ordem religiosa sectária, que repudiara tanto a dinastia Fatímida do Egito quanto a Abássida de Bagdá.

Cavaleiros e poetas

Os templários não só adotaram uma série de preceitos e regulamentos tomados emprestados da Ordem dos Assassinos, como também fizeram suas as cores deles: o branco e o vermelho. Tão próximas foram estas relações que até Luís IX, rei da França, erta vez enviou uma missão diplomática a visitar o castelo de Jebel Nosairi, ocupado por um chefe local da Ordem dos Assassinos. Frederico II, o Barbarossa, o imperador alemão que participou das cruzadas, convidou vários ismaelitas para que o acompanhassem de volta à Europa, dando-lhe copa franca na sua corte.

A atração por sociedades secretas seduziu também aos poetas italianos do Dolce stil nuovo, como Guido Cavalcanti e Dante Alighieri, que, inspirando-se numa livro da mística xiita intitulado

Jardim dos Fiéis do Amor criaram a sua própria irmandade secreta, a dos Fedeli d´Amore. Portanto, o gosto de muitos europeus por congregarem-se ao redor de lojas esotéricas, com rígidos rituais de iniciação e um ar secretíssimo, hábito tomado na época das cruzadas, provavelmente lhes foi instilado pelos feitos da Ordem dos Assassinos.

A cruz dos templários

O fim da ordem

Protegidos por uma fortaleza tida como inexpugnável, que nenhuma força local poderia tomar de assalto, foi preciso esperar a invasão dos mongóis, no século XIII, para que finalmente o ninho da águia fosse destruído pelos poderosos invasores no ano de 1260, pondo fim à ameaça que a seita dos assassinos representava em todo o Oriente Médio. A legenda que deixaram foi difundida no Ocidente pelos cavaleiros cristãos e pelos monges escribas que os acompanharam, impressionados com as história terríveis a que os devotos estavam associados, símbolos vivos do que era possível fazer com um ser humano, tornado simples objeto maligno a serviço do fanatismo.

Lady Le