sábado, 17 de setembro de 2011

Seriais Killers do BRASIL

FRANCISCO DAS CHAGAS BRITO - CONDENADO NOVAMENTE


O mecânico de bicicletas Francisco das Chagas Rodrigues de Brito, de 45 anos, foi condenado, em julgamento encerrado dia 27/08/09, a 36 anos e 6 meses de prisão. Francisco era acusado dos homicídios de duas crianças na cidade de São José do Ribamar, cidade na região metropolitana de São Luís (MA). Também foi condenado por ocultação de cadáver e vilipêndio (isto é, atitude desrespeitosa com os corpos).

Estes crimes ocorreram no ano 2000. Duas crianças, de 10 e 11 anos, foram mortas. Contudo, não é a primeira vez que Francisco das Chagas é julgado. Em 2006, Francisco já havia sido condenado a mais de 20 anos de prisão pelo homicídio de um adolescente de 15 anos – a pena seria maior, mas foi reduzida porque Francisco foi considerado semi-imputável, isto é, considerou-se que ele possui um transtorno mental (o transtorno de personalidade anti-social) que reduz sua capacidade de controlar seus impulsos. Neste julgamento atual, a pena também foi reduzida, pelo mesmo motivo, em um terço.

Na verdade, suspeita-se que Francisco das Chagas tenha matado mais de 40 crianças e jovens do sexo masculino, entre 1989 e 2003, o que o tornaria um dos mais agressivos serial killers brasileiros – teriam sido 30 vítimas no Maranhão (também na cidade de Paço do Lumiar) e 12 no Pará.

Sua história ficou conhecida como “o caso dos meninos emasculados do Maranhão e de Altamira (PA)”, pois o assassino mutilava os órgãos sexuais da maioria das vítimas.


Porém, este não era o único ato bárbaro de Francisco. As mortes eram por asfixia ou com uso de objetos cortantes. Antes, ele abusava sexualmente dos garotos. Depois de mortos, de alguns ele cortou a cabeça ou dedos, de outros queimou o corpo.

Segundo o promotor do caso atual, Francisco, que está preso desde 2004 (ano em que foram encontradas duas ossadas enterradas na sua casa), confessou os crimes e colaborou com as investigações, mas às vezes se divertia fazendo um “jogo” testando a capacidade dos policiais em desvendar a história.

Vítima de um serial killer
Jonatham Silva Vieira é o nome de um jovem de 15 anos que Francisco das Chagas Brito matou em 2003, no Maranhão. Jonatham foi o primeiro dos homicídios de Francisco a ser levado a julgamento, em 2006.

Do garoto só se encontrou a ossada, sendo impossível determinar se ele havia sido emasculado.

Neste julgamento, Francisco chorou ao ser interrogado pelo juiz, contando que, na infância, além de ter sido espancado pela avó “até sangrar”, também foi violentado por um adulto, de nome “Carlito”. Francisco disse que, ao matar Jonatham, estava vendo no jovem o seu agressor, Carlito. Anteriormente Francisco tinha negado o crime, dizia que as mortes oram provocadas por “uma força superior”.

A irmã de Francisco, ao depor, disse que ele realmente apanhava da avó. O advogado de Francisco contou que o assassino lhe disse que sua avó mantinha, em uma parede, uma lista de atitudes que eram proibidas. Assim que Francisco atingisse oito “pontos”, era surrado.

A infância e a vida de um serial killer
A mãe de Francisco abandonou o esposo quando a criança tinha quatro anos. O pai, dois anos depois, o deixou com a avó.
Às vezes o pai aparecia com uma mulher a tiracolo, mas esta não aceitava Francisco como filho. Morando com a avó, Francisco trabalhava vendendo bolos na rua.

O assassino, já adulto, chegou a morar com uma mulher, com a qual teve duas filhas. Francisco morou no Pará, em Altamira, onde é acusado de ter matado 12 meninos. E no Maranhão, onde pesa sobre ele a acusação de 30 homicídios.

Francisco diz que, apesar de ter parentes, era solitário. Sua “diversão” era ficar sozinho, à noite, jogando pedras em gatos.

Durante várias fases dos processos, Francisco já assumiu os crimes, já os negou, já deu várias declarações confusas, contraditórias. Em uma entrevista, tentou negar que tivesse extirpado os órgãos sexuais dos garotos, assim: “Se eu tivesse feito isso, tinha dinheiro. Não moraria humildemente.” (querendo sugerir que poderia ter vendido os pênis para traficantes de órgãos…). Ou: “A pessoa, quando morre, começa a diluir, a desmanchar.”.




Modus operandi de um serial killer
As vítimas de Francisco das Chagas eram meninos entre 10 e 14 anos, geralmente. A exceção, aparentemente, é um garoto de 4 anos, parente de sua ex-mulher.

As crianças eram pobres e moravam perto de onde Francisco residia. Muitas eram vendedores ambulantes, como Francisco já havia sido.

Francisco as atraía para uma mata fechada, geralmente com algum convite como irem pegar frutas. Durante as investigações, Francisco conseguiu apontar com exatidão onde estavam vários corpos.

A negligência das investigações gerou ao Brasil e ao Maranhão um processo na OEA (Organização dos Estados Americanos). Por
intermédio da OEA, as famílias das vítimas passaram a receber uma pensão.


MANÍACO DO ARCO-ÍRIS, DO PARQUE DOS PATURIS (CARAPICUÍBA)

No dia 11 de dezembro de 2008 foi preso Jairo Francisco Franco, sargento reformado da PM de São Paulo, suspeito de ser o serial killer que foi apelidado de “Maníaco do Arco-íris”.

Em cerca de um ano (de julho de 2007 a agosto de 2008), 13 homens, supostamente gays, foram assassinados em um parque, à noite. O Parque dos Paturis, local dos crimes, fica em Carapicuíba (na metrópole paulistana, próxima de Alphaville) e durante o dia, é um local familiar; à noite, é ponto de encontro de homossexuais.


Atualmente, Jairo trabalhava como segurança de um supermercado, na cidade de Osasco (também na Grande São Paulo). A Justiça já havia decretado sua prisão temporária (por 30 dias), com base no depoimento de uma testemunha que afirma ter visto Jairo atirar cerca de 12 vezes, em agosto deste ano, contra um dos gays mortos, que ainda não foi identificado.


Depõe contra o policial também o modus operandi do criminoso, já que 12 vítimas foram mortas a tiros (e uma a pauladas) e com muita perícia, já que não foram encontrados sinais de alvejamento em árvores, no chão etc.Os tiros, quase sempre de calibre 38, eram dados geralmente na cabeça: rosto, testa, nuca… Algumas vítimas foram alvejadas no tórax. Nada foi roubado delas, aparentemente. Os mortos eram encontradas com as calças abaixadas, mas sem sinais de penetração. Não foram divulgadas fotos destas vítimas.

Foi o delegado Paulo Fernando Fortunato que, ao chegar em Carapicuíba, em agosto deste ano, percebeu a ligação entre os crimes, até então tratados como casos isolados.


No seu primeiro depoimento, Jairo negou participação nos crimes. Jairo também é suspeito da morte de outras três pessoas, em Osasco, e pelo menos uma delas, assassinada em um quarto de hotel, era homossexual.


MANÍACO DE GUARULHOS – Estrupos em série

Em Guarulhos (SP), na madrugada do dia 27 de agosto de 2008, foi preso um rapaz de 19 anos, que era procurado por ser o suspeito de ter violentado duas mulheres. Mas, nessa noite, ele acabou confessando muito mais: disse ter atacado mais de 50 mulheres e matado duas destas. Segundo a delegada Beatriz Amélia Relva, da Delegacia da Mulher, o jovem, de nome Leandro Basílio Rodrigues, demonstrava frieza, sem menção de arrependimento. Contudo, suas palavras ainda não eram muito confiáveis: segundo a delegada, o jovem é usuário de crack e parecia estar drogado ao ser preso, pois suas respostas eram confusas, contraditórias.
Nos dias seguintes, descobriu-se que ele não mentira muito.
Os números eram incertos, mas realmente Leandro não apenas havia estuprado várias mulheres, como realmente é um assassino em série (ou, popularmente, um “psicopata”). Mais um serial killer brasileiro, o “Maníaco de Guarulhos”.


A compulsão por matar do assassino em série
O caso passou a ser acompanhado pelo Setor de Homicídios de Guarulhos, e o delegado responsável, Jackson César Batista, conversou com Leandro. Disse que o jovem não conseguia explicar porque cometia os crimes. “Matar já é um vício.”, afirmou para o delegado.
As vítimas era levadas a locais ermos, para os quais Leandro as atraía oferecendo drogas.
Fingindo estar com uma arma embaixo da camisa, Leandro as ameaçava e as violentava. Algumas destas mulheres estrupadas, ele assassinou, por estrangulamento. Após o homicídio, as despia completamente e ficava observando o cadáver.
Há ao menos 5 mortes que podem ser imputadas a Leandro Basílio, de mulheres na faixa dos 20 aos 30 anos, sendo que uma destas estava grávida. A primeira pode ter sido sua própria “esposa”, quando ele tinha ainda 17 anos e morava em Minas Gerais – ele afirma que fez isto porque ela o traiu. Após matá-la, colocou fogo em seu corpo – disse aos vizinhos que estava queimando lixo, e depois foi para seu trabalho, tranqüilamente. A avó descobriu, e ele a ameaçou também. Para a polícia, há outros casos que podem ser de autoria do Maníaco de Guarulhos. A investigação continuará.

Nos seus contraditórios depoimentos, Leandro posteriormente tentou negar os estupros, dizendo ser impotente por causa das drogas, mas os exames comprovaram que as vítimas foram sim estrupadas. E após a divulgação de sua prisão, mais vítimas de violência sexual apareceram para acusar Leandro.



Dois destes homicídios cometidos pelo “psicopata” ocorreram com apenas 24 horas de intervalo, sendo que o último deles foi poucas horas antes de ser preso, o que evidencia o fenômeno conhecido como “escalada”, comumente observado entre serial killers: os crimes vão crescendo, tornando-se mais agressivos e freqüentes. Ainda menor, Leandro foi detido na FEBEM de Belo Horizonte, por roubo. De lá fugiu e passou por outros estados. Em um dos depoimentos, afirmou ter feito vítimas por onde passou, incluindo-se o estado do Rio de Janeiro.

Maníacos de Guarulhos
Não é a primeira vez que a cidade paulista se depara com um caso assim. No ano de 2002, outro “psicopata” fez várias vítimas na cidade.


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