sábado, 17 de setembro de 2011

Seriais Killers do BRASIL

FRANCISCO DAS CHAGAS BRITO - CONDENADO NOVAMENTE


O mecânico de bicicletas Francisco das Chagas Rodrigues de Brito, de 45 anos, foi condenado, em julgamento encerrado dia 27/08/09, a 36 anos e 6 meses de prisão. Francisco era acusado dos homicídios de duas crianças na cidade de São José do Ribamar, cidade na região metropolitana de São Luís (MA). Também foi condenado por ocultação de cadáver e vilipêndio (isto é, atitude desrespeitosa com os corpos).

Estes crimes ocorreram no ano 2000. Duas crianças, de 10 e 11 anos, foram mortas. Contudo, não é a primeira vez que Francisco das Chagas é julgado. Em 2006, Francisco já havia sido condenado a mais de 20 anos de prisão pelo homicídio de um adolescente de 15 anos – a pena seria maior, mas foi reduzida porque Francisco foi considerado semi-imputável, isto é, considerou-se que ele possui um transtorno mental (o transtorno de personalidade anti-social) que reduz sua capacidade de controlar seus impulsos. Neste julgamento atual, a pena também foi reduzida, pelo mesmo motivo, em um terço.

Na verdade, suspeita-se que Francisco das Chagas tenha matado mais de 40 crianças e jovens do sexo masculino, entre 1989 e 2003, o que o tornaria um dos mais agressivos serial killers brasileiros – teriam sido 30 vítimas no Maranhão (também na cidade de Paço do Lumiar) e 12 no Pará.

Sua história ficou conhecida como “o caso dos meninos emasculados do Maranhão e de Altamira (PA)”, pois o assassino mutilava os órgãos sexuais da maioria das vítimas.


Porém, este não era o único ato bárbaro de Francisco. As mortes eram por asfixia ou com uso de objetos cortantes. Antes, ele abusava sexualmente dos garotos. Depois de mortos, de alguns ele cortou a cabeça ou dedos, de outros queimou o corpo.

Segundo o promotor do caso atual, Francisco, que está preso desde 2004 (ano em que foram encontradas duas ossadas enterradas na sua casa), confessou os crimes e colaborou com as investigações, mas às vezes se divertia fazendo um “jogo” testando a capacidade dos policiais em desvendar a história.

Vítima de um serial killer
Jonatham Silva Vieira é o nome de um jovem de 15 anos que Francisco das Chagas Brito matou em 2003, no Maranhão. Jonatham foi o primeiro dos homicídios de Francisco a ser levado a julgamento, em 2006.

Do garoto só se encontrou a ossada, sendo impossível determinar se ele havia sido emasculado.

Neste julgamento, Francisco chorou ao ser interrogado pelo juiz, contando que, na infância, além de ter sido espancado pela avó “até sangrar”, também foi violentado por um adulto, de nome “Carlito”. Francisco disse que, ao matar Jonatham, estava vendo no jovem o seu agressor, Carlito. Anteriormente Francisco tinha negado o crime, dizia que as mortes oram provocadas por “uma força superior”.

A irmã de Francisco, ao depor, disse que ele realmente apanhava da avó. O advogado de Francisco contou que o assassino lhe disse que sua avó mantinha, em uma parede, uma lista de atitudes que eram proibidas. Assim que Francisco atingisse oito “pontos”, era surrado.

A infância e a vida de um serial killer
A mãe de Francisco abandonou o esposo quando a criança tinha quatro anos. O pai, dois anos depois, o deixou com a avó.
Às vezes o pai aparecia com uma mulher a tiracolo, mas esta não aceitava Francisco como filho. Morando com a avó, Francisco trabalhava vendendo bolos na rua.

O assassino, já adulto, chegou a morar com uma mulher, com a qual teve duas filhas. Francisco morou no Pará, em Altamira, onde é acusado de ter matado 12 meninos. E no Maranhão, onde pesa sobre ele a acusação de 30 homicídios.

Francisco diz que, apesar de ter parentes, era solitário. Sua “diversão” era ficar sozinho, à noite, jogando pedras em gatos.

Durante várias fases dos processos, Francisco já assumiu os crimes, já os negou, já deu várias declarações confusas, contraditórias. Em uma entrevista, tentou negar que tivesse extirpado os órgãos sexuais dos garotos, assim: “Se eu tivesse feito isso, tinha dinheiro. Não moraria humildemente.” (querendo sugerir que poderia ter vendido os pênis para traficantes de órgãos…). Ou: “A pessoa, quando morre, começa a diluir, a desmanchar.”.




Modus operandi de um serial killer
As vítimas de Francisco das Chagas eram meninos entre 10 e 14 anos, geralmente. A exceção, aparentemente, é um garoto de 4 anos, parente de sua ex-mulher.

As crianças eram pobres e moravam perto de onde Francisco residia. Muitas eram vendedores ambulantes, como Francisco já havia sido.

Francisco as atraía para uma mata fechada, geralmente com algum convite como irem pegar frutas. Durante as investigações, Francisco conseguiu apontar com exatidão onde estavam vários corpos.

A negligência das investigações gerou ao Brasil e ao Maranhão um processo na OEA (Organização dos Estados Americanos). Por
intermédio da OEA, as famílias das vítimas passaram a receber uma pensão.


MANÍACO DO ARCO-ÍRIS, DO PARQUE DOS PATURIS (CARAPICUÍBA)

No dia 11 de dezembro de 2008 foi preso Jairo Francisco Franco, sargento reformado da PM de São Paulo, suspeito de ser o serial killer que foi apelidado de “Maníaco do Arco-íris”.

Em cerca de um ano (de julho de 2007 a agosto de 2008), 13 homens, supostamente gays, foram assassinados em um parque, à noite. O Parque dos Paturis, local dos crimes, fica em Carapicuíba (na metrópole paulistana, próxima de Alphaville) e durante o dia, é um local familiar; à noite, é ponto de encontro de homossexuais.


Atualmente, Jairo trabalhava como segurança de um supermercado, na cidade de Osasco (também na Grande São Paulo). A Justiça já havia decretado sua prisão temporária (por 30 dias), com base no depoimento de uma testemunha que afirma ter visto Jairo atirar cerca de 12 vezes, em agosto deste ano, contra um dos gays mortos, que ainda não foi identificado.


Depõe contra o policial também o modus operandi do criminoso, já que 12 vítimas foram mortas a tiros (e uma a pauladas) e com muita perícia, já que não foram encontrados sinais de alvejamento em árvores, no chão etc.Os tiros, quase sempre de calibre 38, eram dados geralmente na cabeça: rosto, testa, nuca… Algumas vítimas foram alvejadas no tórax. Nada foi roubado delas, aparentemente. Os mortos eram encontradas com as calças abaixadas, mas sem sinais de penetração. Não foram divulgadas fotos destas vítimas.

Foi o delegado Paulo Fernando Fortunato que, ao chegar em Carapicuíba, em agosto deste ano, percebeu a ligação entre os crimes, até então tratados como casos isolados.


No seu primeiro depoimento, Jairo negou participação nos crimes. Jairo também é suspeito da morte de outras três pessoas, em Osasco, e pelo menos uma delas, assassinada em um quarto de hotel, era homossexual.


MANÍACO DE GUARULHOS – Estrupos em série

Em Guarulhos (SP), na madrugada do dia 27 de agosto de 2008, foi preso um rapaz de 19 anos, que era procurado por ser o suspeito de ter violentado duas mulheres. Mas, nessa noite, ele acabou confessando muito mais: disse ter atacado mais de 50 mulheres e matado duas destas. Segundo a delegada Beatriz Amélia Relva, da Delegacia da Mulher, o jovem, de nome Leandro Basílio Rodrigues, demonstrava frieza, sem menção de arrependimento. Contudo, suas palavras ainda não eram muito confiáveis: segundo a delegada, o jovem é usuário de crack e parecia estar drogado ao ser preso, pois suas respostas eram confusas, contraditórias.
Nos dias seguintes, descobriu-se que ele não mentira muito.
Os números eram incertos, mas realmente Leandro não apenas havia estuprado várias mulheres, como realmente é um assassino em série (ou, popularmente, um “psicopata”). Mais um serial killer brasileiro, o “Maníaco de Guarulhos”.


A compulsão por matar do assassino em série
O caso passou a ser acompanhado pelo Setor de Homicídios de Guarulhos, e o delegado responsável, Jackson César Batista, conversou com Leandro. Disse que o jovem não conseguia explicar porque cometia os crimes. “Matar já é um vício.”, afirmou para o delegado.
As vítimas era levadas a locais ermos, para os quais Leandro as atraía oferecendo drogas.
Fingindo estar com uma arma embaixo da camisa, Leandro as ameaçava e as violentava. Algumas destas mulheres estrupadas, ele assassinou, por estrangulamento. Após o homicídio, as despia completamente e ficava observando o cadáver.
Há ao menos 5 mortes que podem ser imputadas a Leandro Basílio, de mulheres na faixa dos 20 aos 30 anos, sendo que uma destas estava grávida. A primeira pode ter sido sua própria “esposa”, quando ele tinha ainda 17 anos e morava em Minas Gerais – ele afirma que fez isto porque ela o traiu. Após matá-la, colocou fogo em seu corpo – disse aos vizinhos que estava queimando lixo, e depois foi para seu trabalho, tranqüilamente. A avó descobriu, e ele a ameaçou também. Para a polícia, há outros casos que podem ser de autoria do Maníaco de Guarulhos. A investigação continuará.

Nos seus contraditórios depoimentos, Leandro posteriormente tentou negar os estupros, dizendo ser impotente por causa das drogas, mas os exames comprovaram que as vítimas foram sim estrupadas. E após a divulgação de sua prisão, mais vítimas de violência sexual apareceram para acusar Leandro.



Dois destes homicídios cometidos pelo “psicopata” ocorreram com apenas 24 horas de intervalo, sendo que o último deles foi poucas horas antes de ser preso, o que evidencia o fenômeno conhecido como “escalada”, comumente observado entre serial killers: os crimes vão crescendo, tornando-se mais agressivos e freqüentes. Ainda menor, Leandro foi detido na FEBEM de Belo Horizonte, por roubo. De lá fugiu e passou por outros estados. Em um dos depoimentos, afirmou ter feito vítimas por onde passou, incluindo-se o estado do Rio de Janeiro.

Maníacos de Guarulhos
Não é a primeira vez que a cidade paulista se depara com um caso assim. No ano de 2002, outro “psicopata” fez várias vítimas na cidade.


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JACK KEVORKIAN

"O Doutor Morte"

Uma distinção fundamental na análise de casos de médicos e enfermeiros assassinos é o motivo que leva o “profissional” a cometer seus atos. O motivo pode ser parcialmente descoberto pelo tipo de vítimas. Há aqueles que matam apenas doentes terminais, já condenados a morrer, vítimas de câncer, AIDS etc. Estes geralmente alegam que agiram por motivos humanitários, para abreviar o sofrimento dos pacientes. Isto é, estariam praticando a eutanásia.


“Eutanásia” é uma palavra formada de radicais gregos que significa “boa morte”.

Alguns países já legalizaram a eutanásia, mas é fato incontestável que, onde é ilegal, é praticada à margem da lei. O que devemos diferenciar, neste nosso estudo, são duas posições básicas que podem assumir quem a pratica.

Uma coisa é um médico ceder aos apelos de um paciente para acabar com seu sofrimento, suas dores. Ou aos clamores da família, com gastos enormes para manter apenas respirando alguém já em morte cerebral há vários meses.

Outra coisa é o médico decidir por conta própria matar os pacientes terminais, sem consultá-los ou às famílias, muitas vezes indo contra os desejos destes. Este médico ou enfermeira está atendendo aos seus desejos e, mesmo que alegue que não queria ver tal paciente sofrer, indiscutivelmente está passando sobre um direito do paciente que, afinal, mesmo sofrendo, pode preferir continuar vivo.

A história de Jack Kevorkian, o “Doutor Morte”
O mais famoso defensor e praticante da eutanásia, que foi apelidado de “Doutor Morte”, o americano Jack Kevorkian, nasceu em 1928 e ainda vive.

Seu caso está numa posição entre as duas situações básicas. Ele não sai matando quem não pediu para morrer, mas também não é um médico que praticou a eutanásia eventualmente, em apenas um ou outro caso específico, atendendo ao pedido de um ou outro paciente. Ao defender abertamente a eutanásia, passou a ser procurado por vários pacientes e familiares que desejavam o fim indolor da vida.


Jack Kevorkian inventou a Tanatron, isto é, a “Máquina da Morte”, também chamada de “Máquina do Suicídio”, e ajudou cerca de 130 pessoas a morrer.

A palavra “suicídio” cai bem em muitos casos: quando o paciente está consciente e decide que quer morrer. Porém, alguns não conseguem se matar por insuficiência de meios (exemplo: totalmente paralisado em cima de uma maca). Outros, entretanto, teriam forças e meios suficientes para se matar (com uma faca, um revólver, pulando de um prédio etc.), mas querem um processo indolor (mesmo sendo os últimos segundos de vida, não querem sofrer). Ou querem um processo “limpo”: seus familiares ficariam menos chocados com um cadáver intacto no caixão do que com um totalmente fragmentado pela queda do 10o andar.

Estes poderiam tentar a morte por overdose de sedativos, mas o fato é que a muitos falta a coragem para se matar, embora tenham a de deixar que outro o faça. Alguns pacientes, paradoxalmente, alegam motivos religiosos para a eutanásia. Suicidar-se é um pecado. Mas pedir para alguém matar-lhes não seria. Contraditório, mas isto é o ser humano.

Jack Kevorkian tinha um certo fascínio pela morte desde que era médico residente, pois fotografava os olhos de pacientes mortos. Foi aí, precocemente, que ganhou o apelido de “Dr. Morte”, que carregaria pelo resto da sua longa vida. .

Nos anos 60, uma proposta de Kevorkian começou a jogar-lhe no centro de polêmicas. Ele defendeu que condenados à morte fossem anestesiados e submetidos a várias experiências: retirada de órgãos, exame do cérebro etc. As idéias de Kevorkian neste assunto se aproximam muito das práticas nazistas, especialmente as do Dr. Josef Mengele.

Em 1980, Jack Kevorkian praticou sua primeira eutanásia, e logo foi indiciado. Ao longo dos anos 80, defendeu publicamente o procedimento e, em em 88, inventou a máquina que administrava medicamentos letais nos pacientes, quando estes apertavam um botão – ou seja, eles é que se matavam, embora com totais apoio e ajuda de Kevorkian. Em 1990 foi inocentado daquela primeira acusação.

Entretanto, a licença médica de Kevorkian foi cassada em 1991, e então ele não teria mais acesso a medicamentos. Mas ele não desistiu de sua cruzada letal: passou a utilizar monóxido de carbono.

Um caso em específico lançou dúvidas sobre as reais motivações de Kevorkian: Rebecca Lou Badger, de 39 anos, foi assistida em sua morte por Jack Kevorkian, que afirmou que a mulher tinha esclerose múltipla. Entretanto, na necrópsia, não foi encontrado qualquer sinal da doença.

Ou seja, Kevorkian poderia estar ajudando não apenas doentes terminais, mas qualquer pessoa que quisesse se matar (alguém com depressão, por exemplo – situação passível de tratamento, com reversão do desejo de morrer). De fato, descobriu-se depois, muitos do que o “Doutor Morte” ajudou a morrer estavam longe de um estágio terminal, e muitos seriam apenas depressivos.

É claramente uma situação diferente da eutanásia de um doente terminal.

O Código Penal brasileiro, no seu artigo 122, prevê o crime de “induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça”. Pena: reclusão, de dois a seis anos. Se o crime é praticado por motivo egoístico, a pena é duplicada.

Leis semelhantes só surgiram em Michigan (onde Kevorkian atuava) na década de 90, mas ele acabou sendo inocentado em algumas acusações.

Uma delas é uma história macabra, segundo um relatório feito pelo próprio Kevorkian. Em 1993, Hugh Gale, de 70 anos, teria sua morte por monóxido de carbono porém, algum tempo após começar a inalar o gás, ficou agitado e pediu que o procedimento fosse interrompido. A máscara de monóxido foi substituída por uma de oxigênio. Pouco tempo depois, o paciente abriu novamente a máscara de monóxido, mas, novamente, pediu que o procedimento fosse interrompido. Mas, logo após ter pedido, ficou inconsciente e Kevorkian continuou o procedimento. A defesa alegou que este relatório de Kevorkian era apenas um rascunho errôneo do que tinha realmente acontecido e o caso não foi adiante.

Entretanto, um caso muito polêmico trouxe-lhe uma acusação diferente: homicídio. Um paciente, Thomas Youk, que tinha a síndrome de Lou Gehrig (a mesma que acomete o físico Sthephen Hawking) foi submetido à morte na máquina de Kevorkian. Entretanto, foi o próprio “Doutor Morte” que acionou o dispositivo suicida. Além disto, filmou o procedimento e exibiu a gravação em um programa de TV, em 1998. Youk tinha claramente condições de acionar a máquina, pois, no vídeo, aparece inclusive assinando um documento em que diz desejar sua morte.


No julgamento, Jack Kevorkian dispensou advogados. “Morrer não é um crime”, ele afirmara. Foi condenado a 25 anos de prisão mas, por ter idade avançada, teria direito de tentar a condicional após alguns anos. Foi solto há pouco tempo, com o compromisso de não ajudar mais ninguém a morrer, mas passou a dar palestras pagas e voltou a aparecer em programas televisivos, defendendo que os mais jovens têm de conhecer suas posições.

SERIAIS KILLERS

CARL PANZRAM


Praticando crimes desde a infância, este serial killer passou boa parte de sua vida preso. Nas detenções, apanhou e foi abusado sexualmente. Ele usou isto para explicar o ódio que sentia dos humanos. Abusou de inúmeros homens e matou 22. No seu julgamento, não quis defender-se e foi condenado à morte, por enforcamento.


GARY RIDGWAY


Ele matou cerca de 50 mulheres. Cinquenta! Prostitutas, em geral. E levou décadas para ser pego – apenas as modernas técnicas de DNA permitiram solucionar o caso. Sua mulher se disse surpresa: era um ótimo marido! Às vezes ele até chorava, lendo a Bíblia. Ficou conhecido como “The Green River Killer”, porque desovava os corpos em um rio.

JOHN WAYNE GACY


“O Palhaço Assassino”… Gacy era socialmente bem relacionado. Casou-se, tinha uma empresa de construções, tinha amigos, e até fantasiava-se de palhaço em festas infantis. Mas o que a polícia achou enterrado no chão de sua casa não tinha graça nenhuma: quase 30 corpos de jovens, que Gacy torturou, estuprou e matou.

KARLA HOMOLKA


Karla Homolka se apaixonou em Paul Bernardo, um estuprador canadense. Ele quer a virgindade da irmã de Karla, antes de se casarem. Sedam a garota para que ele a estupre e ela acaba morrendo. Eles se casam e não param com os jogos sádicos. Raptam garotas, torturam, violentam – e filmam tudo. Ficaram conhecidos como “Barbie & Ken Killers”.

RICHARD RAMIREZ


“The Night Stalker”, Richard Ramirez era um satanista, adorador do Diabo. Suas vítimas iam desde crianças a idosos, sem distinção de sexo. O modus operandi variava: de martelo a tiros. Vestido de preto no julgamento, recebeu 19 condenações à morte. Mulheres iam só para vê-lo. Muitas achavam que era inocente.

TED BUNDY


O americano Ted Bundy é acusado de ter matado cerca de 36 mulheres entre 1974 e 1978. Suas vítimas eram brancas, de cabelo preto e liso. Bundy as agredia, forçava sexo, enfiava objetos em suas vaginas, batia, matava. Às vezes, praticava atos de necrofilia, guardava alguns crânios. Fugiu duas vezes da prisão, mas foi recapturado e condenado à morte, na cadeira elétrica.

“O ASSASSINO DO ZODÍACO”

Um dos casos de assassinos em série mais intrigantes, pois nunca foi solucionado, mesmo com as cartas que ele mandava para os jornais, com códigos e com contagem das mortes: segundo ele, foram mais de 30, mas a polícia confirma menos de uma dezena. Geralmente matava casais, com tiros.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Os Grandes assassinos em Série

MANCHESTER, GB, 19 jul (AFP) – O médico britânico Harold Shipman, condenado à prisão perpétua por 15 assassinatos, matou 215 pacientes, talvez 260, segundo as conclusões de uma investigação oficial divulgadas esta sexta-feira, em Manchester (Noroeste da Inglaterra). Esta cifra o torna um dos maiores assassinos em série da História. Seguem abaixo alguns dos casos mais conhecidos de assassinatos em série:
- Na COLôMBIA, Luis Alfredo Garavito, condenado em maio de 2000, em Bogotá, a 835 anos de prisão, é considerado culpado de 189 assassinatos.
- No EQUADOR, Pedro López Monsalve foi condenado em 1980 pelo assassinato e estupro de 60 crianças. É suspeito de 300 assassinatos.
- Na RÚSSIA, “o carniceiro de Rostov”, Andrei Chikatilo, foi declarado culpado de 52 assassinatos com motivos sexuais entre 1978 e 1990. As vítimas foram, em sua maioria, crianças e adolescentes. Ex-professor e doutor em Filosofia, foi executado em 1994.
- No PAQUISTÃO, Javed Iqbal, 38, foi condenado à morte em março de 2000, pelo assassinato de 100 crianças.
- Nos ESTADOS UNIDOS, John Wayne Gacy, “o palhaço assassino”, confessou ter estuprado e estrangulado 33 jovens entre 1972 e 1978. Vinte e nove corpos foram encontrados em sua casa. Foi executado no ano de 1994, em Illinois.
- Jeffrey Dahmer, “o carniceiro de Milwaukee”, cometeu 17 assassinatos entre 1978 e 1991, e reconheceu ter comido a carne de três vítimas. Morreu na prisão, nas mãos de outro detento, em 1994.
- Na ÁFRICA DO SUL, Moses Sithole, 32, foi condenado a 2.410 anos de prisão em 1997, por 38 assassinatos e 40 estupros.
- Na UCRÂNIA, Anatoli Onoprienko, 30, foi condenado à morte em 1§ de abril de 1998, pelo assassinato de 52 pessoas, entre elas 10 crianças, entre 1989 e 1996.
- Na ITÁLIA, Donato Bilancia, 46, confessou ter assassinado 17 pessoas entre outubro de 1997 e abril de 1998. Foi condenado em abril de 2000 a 13 penas de prisão perpétua em Gênova, no Norte da Itália.
- Na GRÃ-BRETANHA, Rosemary West foi condenada à prisão perpétua em novembro de 1995, por 10 assassinatos, e é suspeita de outros nove crimes. Na “Casa dos Horrores”, em Gloucester (Oeste), foram encontrados 10 corpos, entre eles os das filhas do casal West. O marido de Rosemary, Frederik, suicidou-se na prisão em janeiro de 1995, depois de ter confessado a autoria de 12 assassinatos.
- O britânico Dennis Nilsen foi condenado à prisão perpétua por ter matado 15 jovens em seu apartamento de Londres, entre 1978 e 1983.
- Na FRANÇA, Thierry Paulin, “o assassino de idosas”, foi preso em dezembro de 1987 e confessou ter assassinado 21 pessoas em Paris entre 1984 e 1987. Soropositivo, morreu no hospital da prisão em abril de 1989, sem ter sido julgado.
O médico Marcel Petiot foi declarado culpado de 24 assassinatos e executado em 1946. Ele esquartejava e queimava suas vítimas em um hotel parisiense.

A Ordem dos Assassinos

Durante 150 anos, entre os finais do século XI e a metade do XIII, uma terrível seita ismaelita, minúscula no universo do Islã, trouxe temor e, por vezes, pânico à região do Oriente Médio. Tratava-se da Ordem dos Assassinos, assim chamada porque os seus integrantes, antes de praticar os atentados, inalavam um estupefaciente, o Hashishiyun, ou haxixe. Os seguidores da ordem caracterizavam-se pela entregada total à missão que lhes era atribuída por seus superiores e por não demonstrarem medo nenhum perante a morte que fatalmente os aguardava após terem praticado suas ações terroristas.

No ano de 1166, na praça central da fortaleza de Alamut, no alto dos Montes Elburz, no norte do Irã, o grão-mestre dos nizarins (como a Ordem dos Assassinos chamava-se oficialmente), Hassan II, uma seita dissidente do Islã, exultava frente aos companheiros e seguidores que ocupavam todo o espaço a sua frente. Ele os convocara para um importante anúncio. Queria dizer-lhes que, enfim, aproximava-se o dia da Qiyamat al Qiyamat, a Ressurreição da Ressurreição, estando muito perto do momento em que, pondo fim àquela época, iniciada há muito tempo atrás por Adão, o Imam oculto finalmente viria liderá-los na renovação de tudo. Dali em diante, assegurou ele, não haveria mais liturgia, pois a religião tornara-se puramente espiritual, sem templos ou culto. Que se preparassem, portanto, para os novos tempos, concentrando-se todos eles dentro da fortaleza de Alamut, um lugar inexpugnável para os seus inimigos, de onde só sairiam para realizar suas operações de assassinatos seletivos.


O profeta dos assassinos

A seita, obediente aos extremos rigores do militarismo, havia sido fundada no ano de 1090, quando o missionário ismaelita Hassan Sabbah (1034-1124), encarnação de Deus na Terra, retornara do Egito para a sua Pérsia nativa (ele nascera em Qom). Envolvido nas lutas pelo poder entre a casa real egípcia e de Bagdá, ele decidira fundar uma ordem secreta para enfrentar os seus adversários. Para tanto, inspirou-se nos antigos rituais de iniciação adotados pelos gnósticos, com seu gosto pela ciência esotérica - a batanya - e pelo culto aos sinais secretos, só alcançados depois de muita disciplina e dedicação ao estudo. Em pouco tempo, verificou-se que Hassan Sabbah, o xeque das montanhas, criou uma teologia totalitária, onde um só deus (Alá), se fazia representar por um só Imam (um líder espiritual), e por um só representante (o próprio Hassan), com autoridade de vida e morte



A estrutura da ordem

Interior da fortaleza de Alamut

Consta que Hassan Sabbah, além de um rigoroso exame de admissão dos iniciados, recolhia crianças abandonadas ou as comprava de casais miseráveis para fazer delas o seu exército de fiéis. Carentes de tudo, os jovens aspirantes nizarins viam-no como um deus-pai, dedicando-se integralmente a sua vontade, jamais ousando criticar uma ordem recebida. Tratou também de cultivar uma soberba biblioteca, considerada uma das mais completas daquele tempo, não vendo nenhum contradição entre harmonizar a alta cultura islâmica com a prática de assombrosos atentados terroristas. Ele gabava-se de ter a sua disposição 70 mil homens e mulheres espalhados por boa parte do Oriente Médio, capazes de executar qualquer missão por ele ordenada, mesmo que isso lhes custasse a vida. Sim, porque seus alvos não eram gente comum, mas vizires, sultões, xeques, mulás, ulemás, cavaleiros cruzados, fosse quem fosse importante que, aos olhos do grão-mestre dos assassinos, criava impedimentos a sua política.



A mística

Hassan Sabbah apresentava-se como o Hojjat do Imam, aquele que falava e agia em lugar do Imam oculto, que assim se encontrava apenas aguardando o momento apropriado para aparecer. Havia, pois ,inerente à doutrina ismaelita, uma crença messiânica segundo a qual fatalmente se daria a Grande Revelação. O salvador, que pairava sobre a sociedade sem mostrar-se, num determinado dia deixaria o mundo das sombras. Os seus seguidores, enquanto este momento sagrado da Parusia não se dava, usariam os punhais para purificar o ambiente,afastando da paisagem as ervas daninhas e os frutos estragados que poderiam vir a ferir ou envenenar o ar do Imam revelado. Nada mais perfeito para ele do que a sua morada naquela fortaleza isolada do mundo, o Alamut, o ninho de águia, que logo seu inimigos deram a indicar como "o ninho da serpente", dado o bote traiçoeiro das operações que ele ordenava(*).

A biblioteca da ordem

(*) A fortaleza de Alamut ficava nos Montes Elburz, pertencente a uma cadeia de montanhas situadas ao Norte do Irã, na margem sul do Mar Cáspio. Área com escasso povoamento devido a aridez geral.

O método dos assassinos

Cidadela do Cairo, construída por Saladino

Apesar de andarem uniformizados na fortaleza de Alamut - trajes brancos com um cordão vermelho enlaçando-lhes a cintura (cores que os cavaleiros templários irão adotar) -, os fadavis, os devotos, quando recebiam uma missão, camuflavam-se. Preferiam misturar-se aos mendigos das cidades da Síria, da Mesopotâmia, do Egito e da Palestina para não despertarem a atenção.
Em meio à multidão urbana, eles eram "adormecidos", levando uma vida comum, sem atrair suspeitas, até que um emissário lhes trazia a ordem para "despertar" e atacar. Geralmente, eles aproximavam-se da sua vítima em número de três. Se por acaso dois punhais fracassem, haveria ainda um terceiro a completar o serviço. Atuavam, esses "anjos da destruição" do Velho da Montanha, como muitos chamavam Hassan Sabbah, em qualquer lugar - nos mercados, nas ruas estreitas, dentro dos palácios e até mesmo no silêncio das mesquitas, lugar por eles escolhido em razão das vítimas estarem ali entregues à oração e com a guarda relaxada. Até o grande sultão Saladino, seu inimigo de morte, eles chegaram a assustar, deixando um punhal com um bilhete ameaçador em cima da sua alcova.

O uso da droga

Óleo de Haxixe

Capturados, eles nada diziam. Viviam num estado alheio às coisas do mundo, numa esfera especial amparada pela Lei Divina, mostrando absoluta indiferença pelo seu destino da terra. Seguiam para o cadafalso sem pestanejar, deixando aos executores a terrível sensação de impotência perante àquele fanatismo. Este comportamento autista é que contribuía para que acreditassem que eles inalavam haxixe antes de aplicarem as sentenças de morte, advindo daí, por corruptela, a palavra assassino. Alguns historiadores ponderam que a utilização de um estupefaciente tão poderoso como o haxixe não poderia excitar a violência nem a agressividade necessária para praticar um crime a sangue frio. A droga teria pois uma outra função. Acreditam, isso sim, que ela fosse usada por Hassan Sabbah nos rituais de iniciação da ordem como uma introdução à idéia do Paraíso, para que os aspirantes tivessem, experimentando a erva que lhes era oferecida num jardim das delícias, uma primeira prova das volúpias imateriais que os aguardariam no futuro, quando da sua morte em função da causa. Foi esse o sentido que Baudelaire captou com o seu Poème du Haschisch (Paraísos artificiais, 1858-60).

Assassinos e zelotes


A fortaleza de Massada

Guardadas as devidas distâncias e motivações, há muita similitude no modus operandi dos assassinos a mando do Velho da Montanha, com as ações e atentados realizados pelos zelotes, militantes da causa judaica anti-romana. Aparecidos no século I a.C., eles reagiram à presença das águias imperiais na Palestina e na Judéia, praticando atentados seletivos, matando não só representantes da autoridade romana, mas fundamentalmente judeus que se mostravam dispostos a colaborar com eles. Os zelotes tiveram um notável papel no levante anti-romano de 66-70 e, seguramente, formavam a maioria dos fanáticos que se refugiaram na fortaleza de Massada, para lá resistirem até o fim, uns mil deles, sem se renderem às legiões do general Silva, que a ocupou no ano de 73. Por eles portarem ostensivamente suas adagas e facas em público, ameaçando meio mundo, os gregos os chamavam de Sicarii (do grego Sikarion = homem do punhal). O historiador Arnold Toynbee determinou o comportamento dos povos invadidos daquele região em dois tipos. Chamou de herodianos (do rei Herodes, um monarca judeu colaboracionista), aqueles que não só aceitam o domínio estrangeiro como abertamente colaboram com o ocupante, enquanto que os zelotes eram justamente o contrário. Seriam os que rejeitavam qualquer aproximação ou acordo com os estrangeiros invasores. Os assassinos ismaelitas não se enquadram nesta classificação porque não estavam a serviço de uma causa nacionalista, mas sim de um ordem religiosa sectária, que repudiara tanto a dinastia Fatímida do Egito quanto a Abássida de Bagdá.

Cavaleiros e poetas

Os templários não só adotaram uma série de preceitos e regulamentos tomados emprestados da Ordem dos Assassinos, como também fizeram suas as cores deles: o branco e o vermelho. Tão próximas foram estas relações que até Luís IX, rei da França, erta vez enviou uma missão diplomática a visitar o castelo de Jebel Nosairi, ocupado por um chefe local da Ordem dos Assassinos. Frederico II, o Barbarossa, o imperador alemão que participou das cruzadas, convidou vários ismaelitas para que o acompanhassem de volta à Europa, dando-lhe copa franca na sua corte.

A atração por sociedades secretas seduziu também aos poetas italianos do Dolce stil nuovo, como Guido Cavalcanti e Dante Alighieri, que, inspirando-se numa livro da mística xiita intitulado

Jardim dos Fiéis do Amor criaram a sua própria irmandade secreta, a dos Fedeli d´Amore. Portanto, o gosto de muitos europeus por congregarem-se ao redor de lojas esotéricas, com rígidos rituais de iniciação e um ar secretíssimo, hábito tomado na época das cruzadas, provavelmente lhes foi instilado pelos feitos da Ordem dos Assassinos.

A cruz dos templários

O fim da ordem

Protegidos por uma fortaleza tida como inexpugnável, que nenhuma força local poderia tomar de assalto, foi preciso esperar a invasão dos mongóis, no século XIII, para que finalmente o ninho da águia fosse destruído pelos poderosos invasores no ano de 1260, pondo fim à ameaça que a seita dos assassinos representava em todo o Oriente Médio. A legenda que deixaram foi difundida no Ocidente pelos cavaleiros cristãos e pelos monges escribas que os acompanharam, impressionados com as história terríveis a que os devotos estavam associados, símbolos vivos do que era possível fazer com um ser humano, tornado simples objeto maligno a serviço do fanatismo.

Lady Le

sábado, 20 de agosto de 2011

Pseudolalia - Doença da mentira

A Pseudolalia é uma mentira compulsiva resultante dum longo vício de mentir. A pessoa mente por mentir, perde a noção do que é verdade ou não, convence-se das mentiras como puras verdades.

A pseudolalia pode conduzir a graves distúrbios de personalidade, podendo o pseudolálico acabar por perder a sua individualização e viver num real criado imaginariamente, comportando-se duma forma difícil de contacto humano e só com tratamentos profundos poderá melhorar.


As pessoas perdem lenta e gradualmente a consciência da gravidade da doença que vão adquirindo, porque a sua realidade vai perdendo cada vez mais sintonia com o verdadeiro real. Por fim o vício de mentir é um acto inconsciente e perante a mais simples situação a fuga à verdade brota espontânea e como uma repetição compulsiva e criação de verdades inexistentes.

Mentirosos compulsivos


Há quem diga mentiras caridosas.
Há quem minta por vício.
Há quem diga meias verdades.
E também há quem diga sempre a verdade.


Existem, além destas, um outro tipo de mentiras: as provenientes do chamado mentiroso compulsivo, que mente sistematicamente e aparentemente sem razão.

Aqui estamos já a lidar com alguém para quem a mentira assume contornos de dependência, tal como o álcool ou a droga.
A mentira torna-se um vício, já que é dita de forma compulsiva, ou seja, o mentiroso tem consciência que está a mentir mas não consegue controlar esse impulso.


O vício compulsivo de mentir é a fuga da realidade

Segundo psiquiatras e psicólogos, a prática freqüente de viver uma situação imaginária pode ser o resultado de uma profunda insegurança emocional, além de traumas de infância. A atitude funciona como um mecanismo de autodefesa para pessoas que apresentam um quadro de carência acentuada.

Estudos comprovam que crianças vítimas de uma educação julgadora, imposições, disciplinas rígidas, e que por vezes vivem dominadas com autoritarismo, são fortes candidatas à doença.

"Existem pessoas que chegam ao ponto de não saber mais o que é verdade. Embora o assunto seja mais voltado para a criança, há muitos adultos vivendo o problema, o que torna a situação ainda mais grave", dizem os psicólogos.

Segundo eles também, é muito mais fácil trabalhar o problema na infância do que na fase adulta.


O psicanalista Alberto Goldin vê a mentira do adulto como necessidade, às vezes compulsiva, de obter lucro ou prazer. "Há duas espécies de mentira: a que prejudica alguém é diferente da mentira social. A mentira compulsiva é uma doença, mas a verdade compulsiva também é. Não se pode falar a verdade o tempo todo. Por isto, é difícil julgar mentirosos quando se trata da relação amorosa. Mentir, evidentemente, não é o melhor modo de se relacionar. Mas, às vezes, é a única opção. Os contratos humanos expressam a força e também a fragilidade da condição humana".

O mentiroso compulsivo, só deixa de mentir quando aceita sua própria precariedade. "O problema mais grave na mentira é social. A sociedade mantém convenções que são incompatíveis com a condição humana. O sujeito mente porque não suporta o conflito penoso e irremediável entre seus desejos e a frustração imposta pela realidade. Numa sociedade menos hipócrita, este conflito entre o desejo e a realidade permaneceria, mas seria melhor administrado".


Já se estuda a influência genética sobre os mitômanos e outros distúrbios de personalidade. O que se sabe, seguramente, é que há fatores do ambiente familiar responsáveis por este tipo de conduta. Alguns psicanalistas acreditam que a resposta para o que leva pessoas a mentirem de maneira patológica pode estar em traumas da infância. É o caso de Mário Quilici, pesquisador do desenvolvimento infantil e de como os distúrbios do vínculo entre a criança e seus pais podem levar ao surgimento de patologias na medida que impedem o adequado desenvolvimento emocional. Outros falam em simples desvio de caráter.

Tratar o mentiroso é uma coisa difícil por diversas razões. A primeira delas é que raramente eles procuram ajuda, a não ser quando vão perder o cônjuge, o emprego ou algo importante. A segunda é que mentem justamente porque não querem se deparar com a própria insuficiência. Optam pela comodidade de viver sonhos, ainda que isso signifique a própria destruição ou a daqueles que estão em sua volta.


Reflexão:
"As mentiras acabam com os relacionamentos"



Suicídio, é conseqüência de uma mente doente ou opção pessoal?

Será "incapacidade" conseguir vencer o instinto de sobrevivência e os medos a o desconhecido? Incapacidade ou cobardia como resposta ficam meio utópicas, tem problemas sem solução e sofrimentos(medos) maiores ou menores que a morte.


O desgosto pela vida que se apodera de certos indivíduos pode estar presente no efeito da ociosidade, do tédio, da falta de fé e, frequentemente, da satisfação plena de seus apetites e vontades.
Aquele que, não podendo suportar a perda de uma pessoa querida se mata na esperança de reencontrá-la, não atinge seu objetivo: o resultado é completamente diferente do que espera. Em vez de se unir à pessoa de sua afeição, afasta-se dela por mais tempo, porque Deus não pode recompensar um ato de covardia e o insulto que é feito ao duvidar de Sua Providência.




As consequências do suicídio são muito diversas, mas uma da qual o suicida não pode escapar é o desapontamento. Alguns expiam sua falta imediatamente; outros, em nova existência, que será pior do que aquela cujo curso interrompeu.

Ao atentar contra a própria vida, o espírito acredita que ainda está entre os vivos, passa por uma sensação cheia de angústias e de horror e esse estado pode persistir tanto tempo quanto devia durar a vida que eles interromperam. Na maioria, é o remorso por ter feito uma coisa inútil, uma vez que só colheu decepção.


Mas, por que não se é livre para colocar um fim aos seus sofrimentos? Não é apenas um erro como infração a uma lei moral, consideração que pouco importa para certos indivíduos, mas que também é um ato estúpido, uma vez que, ao contrário do que pensam, nada ganha quem o pratica, pois se infringe a lei maior de Deus...
Quando você está lidando com a perda de alguém que você ama, você está lidando com a mistura de emoções e a tristeza é agravada quando são tocados por suicídio.
Você deve saber que você não está sozinho. Anualmente ocorrem 10 a 20 milhões de pessoas que tentam suicidar-se, e estas são pessoas de todas as idades, raças e condição social.



"As palavras são os médicos de uma mente doente"

Ésquilo


domingo, 3 de julho de 2011

A INTERPRETAÇÃO DO SANGUE

Como funciona a análise de manchas de sangue

Enquanto está em casa mudando de canal é provável que já tenha visto uma cena de crime em um dos vários programas sobre ciência forense na TV , como "CSI" (em inglês) ou "Dexter" e tenha notado algo que parece bastante incomum. Entre os técnicos procurando por digitais (em inglês) e coletando fibras capilares na cena do assassinato, a câmera foca uma série de marcas vermelhas passando pelo chão, parede, mesa e sofá. Todas parecem se juntar em uma área específica.

De repente, um investigador começa a relatar os fatos sobre o crime: quando ele aconteceu, onde o ataque ocorreu dentro do cômodo, qual o tipo de arma usada e a distância entre o agressor e a vítima. Como ele pode ter conseguido essas informações através das marcas?

As marcas em si não são importantes. Elas são simplesmente uma ferramenta para ajudar os investigadores e analistas a tirarem conclusões sobre uma substância que geralmente é encontrada em cenas de crime: o sangue. Estamos acostumados a ouvir que as amostras sanguíneas são usadas para identificar uma pessoa por meio do DNA. Mas o próprio sangue pode determinar vários aspectos significativos do crime, de acordo com o lugar onde ele cai, da maneira como cai, da consistência, do tamanho e do formato das gotas ou pingos de sangue.

No entanto, é claro que analisar respingos de sangue não é tão simples quanto os analistas de manchas de sangue fictícios como Dexter Morgan fazem parecer. Especialistas na área costumam dizer que isso é tanto uma arte quanto uma ciência. Se existirem várias vítimas e agressores, a análise se torna ainda mais complexa. Porém, um analista de manchas de sangue bem treinado e experiente geralmente consegue fornecer informações essenciais que levam à prisão e à condenação dos agressores.


Vamos começar pelo básico sobre a análise de manchas de sangue, como por exemplo, o que os respingos de sangue desse fluído podem revelar (e o que eles não podem).

Sobre o sangue

Por mais desagradável que seja lidar com isso, quando um crime resulta em sangue derramado, é ele que funciona como evidência para os investigadores. Um analista de manchas de sangue não consegue observar as gotas e manchas e dizer imediatamente quem foi o culpado, o que aconteceu e quando o crime ocorreu. A análise leva tempo e é apenas uma parte do quebra-cabeça quando os investigadores estão reconstruindo os elementos de um crime. No entanto, essa análise pode comprovar outras evidências e levar os especialistas a procurar por pistas adicionais. Depois de uma investigação rigorosa, as manchas de sangue podem indicar informações importantes como:

· tipo e velocidade da arma

· número de golpes

· destreza manual do agressor (os agressores tendem a atacar com a mão dominante do lado oposto do corpo da vítima)

· posição e movimentos da vítima e do agressor durante e depois do ataque

· quais ferimentos foram causados primeiro

· tipos de ferimentos

· há quanto tempo o crime foi cometido

· se a morte foi imediata ou se aconteceu depois de algum tempo

As manchas podem ajudar a recriar um crime por causa da maneira como o sangue se comporta. Ele deixa o corpo como um líquido que segue as leis do movimento e da gravidade. E se movimenta em gotas esféricas por causa da tensão superficial. As moléculas do sangue são muito coesas, ou seja, atraem umas às outras, apertando-se até ficarem de um formato com a menor área possível. Essas gotas se comportam de maneiras previsíveis quando caem sobre uma superfície ou quando uma força age sobre elas.


Lembre-se do que acontece quando você derrama gotas de água sobre o chão. O líquido cai devagar formando uma poça circular. O formato e o tamanho dependem da quantidade de água derramada, da altura em que estava o copo e se você derrubou sobre o carpete, madeira, linóleo ou alguma outra superfície. Uma grande quantidade de água forma uma poça maior. E se cair de uma longa distância terá um diâmetro menor. Em uma superfície dura irá manter uma forma circular, enquanto o carpete absorve um pouco da água e faz as margens aumentarem.


Respingos de sangue

O sangue se comporta de maneira muito parecida com as gotas de água derramadas. Um respingo de baixa velocidade geralmente é o resultado de gotas de sangue pingando. A força do impacto é de 1,5 metros por segundo ou menos e o tamanho dos pingos fica entre 4 e 8 mm. Esse tipo de mancha geralmente ocorre depois que a vítima recebe um golpe e não na hora em que ela é golpeada. Por exemplo, se a vítima é esfaqueada e anda pelo local sangrando, as gotas resultantes serão um tipo de respingo de baixa velocidade, conhecido como respingo passivo. Os respingos de baixa velocidade também podem resultar de poças de sangue ao redor do corpo de uma vítima e de transferências (marcas deixadas por armas ou manchas e rastros deixados devido ao movimento). Isso pode ocorrer com alguns ferimentos, como o sangramento causado por um golpe.


Um respingo de média velocidade tem uma força entre 1,5 e 30,5 metros por segundo e o seu diâmetro geralmente não é maior do que 4 mm. Isso pode ser causado por um objeto sem ponta, como um bastão, ou pode ocorrer quando a pessoa é espancada ou golpeada com faca. Ao contrário do que acontece com o respingo de baixa densidade, quando uma vítima é espancada ou esfaqueada, as artérias podem ser rompidas. Se elas estiverem próximas da pele, a vítima sangra mais depressa e o líquido pode jorrar dos ferimentos enquanto o coração continua a pulsar. Isso resulta em uma quantidade maior de sangue e em um padrão bastante específico. Os analistas chamam esse fenômeno de sangue projetado. Se usarmos o exemplo da água, um respingo de média densidade pode ser feito com uma arma com jatos de alta intensidade.


Os respingos de alta velocidade geralmente são provocados por ferimentos à bala, embora também possam ser causados por outras armas se o agressor aplicar muita força. Eles se movimentam com uma velocidade maior do que 30,5 metros por segundo e geralmente parecem com um borrifo formado por gotas pequenas, com menos de 1 mm de diâmetro. Os ferimentos causados por bala são únicos porque podem deixar respingos na frente e atrás ou apenas atrás. Isso vai depender se o projétil parou depois de entrar no corpo da vítima ou se o atravessou. Na maioria dos casos, o respingo na parte por onde sai o tiro é bem menor do que por onde a bala entra.

Os analistas sempre procuram por buracos ou espaços em branco nos respingos, que indicam que gotas de sangue caíram sobre algo (ou alguém) e não sobre as superfícies ao redor. No caso de vestígios de alta densidade, pode significar que o sangue da vítima caiu sobre o agressor. Às vezes, um respingo pode parecer de alta velocidade enquanto na verdade é um de média ou baixa velocidade. Gotas menores podem cair de pingos maiores de sangue. Um analista experiente procura pelas maiores para verificar se isso aconteceu. Esses tipos de gotas também costumam ser encontrados em lugares como o teto, enquanto o resto dos respingos está concentrado em outro lugar. As manchas de sangue também podem ficar umas sobre as outras, o que pode indicar qual ferimento aconteceu primeiro ou se foi causado por bala ou faca .

O tamanho e a força do impacto são apenas dois aspectos usados para conseguir informações sobre os respingos de sangue. A seguir, vamos ver os formatos e como os analistas usam fios, funções trigonométricas e programas de computador para mapear uma cena do crime.


Fios, senos e formatos dos respingos

A técnica de colocar fios sobre cada respingo é apenas uma maneira de determinar a área de convergência ou a fonte de sangue. A maioria dos programas de TV, como "Dexter," mantém o foco apenas sobre o analista observando os fios e relatando o crime, mas não mostra o processo envolvido. Nesse método, que é usado por vários analistas, o especialista documenta a localização de cada respingo usando o sistema de coordenadas. A seguir, ele estabelece uma base para demonstrar para onde o pingo está voltado em relação ao chão e ao teto.

Usando fios elásticos, o profissional coloca linhas a partir de cada respingo até a base. Depois, usa um transferidor na base da área onde os fios convergem para determinar o ângulo de lançamento de cada gota. Se estiverem principalmente na parede, é possível medir a distância entre a área de convergência e o objeto para descobrir onde a vítima estava.

Alguns analistas usam cálculos trigonométricos para descobrir a área de convergência. As medidas da mancha de sangue se tornam os lados de um triângulo retângulo: seu comprimento é a hipotenusa e a largura fica do lado oposto ao ângulo que o analista está tentando descobrir.

Primeiro é necessário localizar cada mancha e medir o comprimento e a largura delas usando uma régua ou compasso de calibre. Em seguida, calcular o ângulo usando essa fórmula:

ângulo de impacto = arco seno (lado oposto/hipotenusa)

Veja o que um analista precisa fazer para que a fórmula funcione:

1. medir o comprimento e a largura da mancha

2. dividir a largura da mancha pelo comprimento

3. determinar o arco seno desse número, geralmente usando uma calculadora que possua esta função.

Uma gota de sangue que cai perfeitamente na vertical ou formando um ângulo de 90° será redonda. À medida que o ângulo de impacto aumenta, o pingo fica cada vez mais longo e desenvolve uma "ponta" que indica a direção percorrida. Porém, seu comprimento não faz parte das medidas.


Quanto maior a diferença entre a largura e o comprimento, mais agudo será o ângulo de impacto. Por exemplo, imagine uma mancha de sangue com 2 mm de largura e 4 mm de comprimento. A largura dividida pelo comprimento seria igual a 0,5. O arco seno de 0,5 é 30, então o sangue caiu na superfície formando um ângulo de 30°. Em uma mancha com a largura de 1 mm e comprimento de 4 mm, o coeficiente seria de 0,25. Nesse caso, o sangue caiu na superfície formando um ângulo com cerca de 14°.

Um terceiro método envolve medir o comprimento e a largura de cada marca, realizar outras medições da área e passar esses dados para um programa de computador, como o No More Strings. Esses programas criam modelos tridimensionais e animações da cena do crime, além de indicar a área de convergência. Quando usados para apresentar alguma evidência podem ser mais convincentes do que declarações de especialistas cheias de jargões ou fotografias bidimensionais.


Até agora, vimos como a análise de manchas de sangue pode funcionar quando utilizada de maneira correta por oficiais da polícia bem treinados. A seguir, vamos conhecer a história da análise de manchas de sangue e ler sobre um caso que apresenta análises de sangue malfeitas.

História da análise de manchas de sangue

Embora a análise de manchas de sangue seja estudada desde o fim da década de 1980, os investigadores nem sempre reconheceram seu valor. O primeiro estudo conhecido foi realizado no Instituto de Medicina Forense, na Polônia, pelo Dr. Eduard Piotrowski. Ele publicou o livro "Concerning the Origin, Shape, Direction and Distribution of the Bloodstains Following Head Wounds Caused by Blows" (Origem, Formato e Distribuição das Manchas de Sangue dos Principais Ferimentos Causados por Golpes). Casos que incluíam esse tipo de interpretação só começaram a aparecer 50 anos mais tarde.

No caso do Estado de Ohio versus Samuel Sheppard, um depoimento com base em uma evidência encontrada em uma mancha de sangue foi apresentado pelo Dr. Paul Kirk. Esse caso, de 1955, tornou-se um marco pois foi uma das primeiras vezes em que o sistema legal reconheceu a importância desse tipo de análise. O Dr. Kirk mostrou a posição do agressor e da vítima, além de demonstrar que o suspeito atacou a vítima usando a mão esquerda.

Uma outra pessoa importante na área foi o Dr.Herbert MacDonell, que publicou o livro "Flight Characteristics of Human Blood and Stain Patterns" ("Características do Movimento do Sangue Humano e Padrões de Mancha"), em 1971. MacDonell também treinou a polícia em análise de manchas de sangue e desenvolveu cursos para continuar o treinamento de analistas. Em 1983, ele e outros participantes do primeiro Instituto Avançado em Mancha de Sangue fundaram a Associação Internacional de Análise de Manchas de Sangue (IABPA, sigla em inglês). Desde então, a área continuou a crescer e a se desenvolver. Agora ela se tornou uma prática padrão que deve ser feita pelos policiais durante uma investigação da cena do crime.

Um caso famoso que envolveu essa técnica é lembrado por um dito popular conhecido na Austrália (graças à Meryl Streep no filme "Um Grito no Escuro" e à Elaine Bennes no seriado "Seinfeld"): "The dingo ate my baby" ("O dingo - cão selvagem australiano - comeu o meu bebê").

Análise de manchas de sangue em ação: o caso Chamberlain

Em agosto de 1980, a família Chamberlain estava acampando perto de uma formação rochosa chamada Ayers Rock, na área central da Austrália. Lindy Chamberlain colocou os seus dois filhos, Reagan de quatro anos e Azaria de dois meses para dormir na barraca. Quando voltou, gritou "O dingo pegou o meu bebê!"


De acordo com Lindy, quando chegou à barraca viu um dingo arrastando algo de dentro dela. A mãe não estava perto o suficiente para ver o que era, mas quando foi verificar como as crianças estavam notou que Azaria tinha desaparecido. Ela e o marido Michael, junto com outros campistas, começaram então a procurar por Azaria. Uma campista vizinha, Sally Lowe, foi até a barraca para ver como Reagan, que dormia, estava. Encontrou uma pequena poça de sangue no chão e deduziu que Azaria provavelmente já estaria morta.

Assim que o guarda florestal chegou, Lindy lhe mostrou um cobertor ensagüentado e rasgado, além de objetos (que estavam dentro da barraca) com sangue. Porém, oficiais da polícia levaram apenas o cobertor. Já as roupas dos Chamberlains, que também continham manchas de sangue, só foram coletadas mais tarde.

Quando um turista encontrou o macacão do bebê perto da toca de um dingo, ele estava apenas um pouco rasgado e ensanguentado, mas a maioria dos botões ainda estava fechada. Ele estava arrumado como se tivesse sido puxado. O bebê estaria usando outras roupas que não foram encontradas. Um policial chegou ao local e, para o espanto de um turista, pegou o macacão e o dobrou. Além disso, uma equipe de TV (em inglês) declarou que a vestimenta havia sido encontrada daquela maneira.

Isso continuou a criar mais suspeitas sobre o envolvimento dos Chamberlains na morte da criança. A polícia afirmou ter encontrado marcas de sangue com o mesmo grupo sangüíneo de Lindy Chamberlain na caverna perto de Ayers Rock. No início, a pequena quantidade encontrada na barraca também era suspeita. No entanto, testes futuros no colchão do berço mostraram que ele havia absorvido uma quantidade suficiente de sangue que poderia resultar na morte de um bebê. Uma análise do macacão com lâmpada fluorescente mostrou a presença de uma mancha de sangue que poderia indicar que a garganta do bebê havia sido cortada.

Durante o caso, a polícia local lidou de maneira inadequada com as evidências. Eles não fotografaram ou tentaram preservar os materiais encontrados, o que basicamente invalidou muitas das conclusões. No entanto, o depoimento de um especialista provou ser o suficiente para condenar Lindy Chamberlain pelo assassinato e condenar seu marido como cúmplice. Três anos mais tarde, depois que mais uma peça de roupa de Azaria foi encontrada, Lindy foi libertada. Oficialmente, o caso permanece aberto.

Esse caso mostra o que pode acontecer quando a polícia não está treinada para realizar a análise de manchas de sangue. Quando o local é modificado e as roupas são lavadas, não há como recuperar as evidências. Se os oficiais tivessem realizado a investigação de maneira adequada, os Chamberlains poderiam estar presos ou, talvez, pudessem provar definitivamente que um dingo realmente comeu o bebê.